sábado, junho 23, 2007

Ele lhe aparecia agora como um desses recantos da mata, próximo a um riacho, num sombrio misterioso e confortante. Passando num meio-dia quente, ao trote penoso do cavalo, a gente pára ali, olha a sombra e o verde como se fosse para um cantinho de céu...
Mas volvendo depois, numa manhã chuvosa, encontra-se o doce recanto enlameado, escavacado de minhocas, os lindos troncos escorregadios e lodosos, os galhos de redor pingando tristemente.
Da primeira vez, pensa-se em passar a vida inteira naquela frescura e naquela paz; mas à última, sai-se com o coração pesado, curado de bucolismo por muito tempo, vendo-se na realidade como é agressiva e inconstante a natureza...
Ele era bom de ouvir e de olhar, como uma bela paisagem, de quem só se exigisse beleza e cor.
Mas nas hora de tempestade, de abandono, ou solidão, onde iria buscar o seguro companheiro que entende e ensina, e completa o pensamento incompleto, e discute as idéias que vêm vindo, e compreende e retruca ás invenções que a mente vagabunda vai criando?

3 comentários:

  1. Anônimo19:46

    Você pode encontrar alguém bem próximo de você, que com certeza te entende, completa o pensamento incompleto e que retruca todas as vezes possíveis às invenções que a mente vagabunda vai criando.
    Está tão perto de você, mas nunca estamos felizes com essa companhia. Quer dizer, se é que podemos chamá-la de companhia já que esta está dentro de você, dentro da tua própria mente, dentro de tua mente vagabunda.
    Podemos não estar felizes, mas nunca estamos sozinhos.

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  2. aonde?
    minha mente me confunde

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