segunda-feira, setembro 14, 2009

"Olá, me chamo Ivan Cleiton, tenho 20 anos e sou vegano desde 2006. Não tenho formação acadêmica e nem pretendo tê-la. Acredito que o verdadeiro conhecimento esta em tudo que nos cerca, seja nossas amizades, nossas experiências, ou até mesmo dentro de nós mesmo. Só cabe a nós sabermos utilizar os instrumentos que tem a nosso favor e formarmos nosso próprio caráter..."

Isso me deu uma injeção de animo pra ressucitar esse cantinho da minha mente.


Leiam a continuação aqui:

http://cartuntivismo.blogspot.com/2009/09/entrevista-com-ivan-cleiton-dos.html

segunda-feira, junho 15, 2009

O falso ego esta cada vez maior por todos os cantos. Se mesmo em lugares que sentimentos como esse nunca deveriam existir acabam aparecendo, imagine como está podre essa sociedade como um todo?
Muitas pessoas enchergando apenas o próprio umbigo. Parecendo que queriam estar com uma melancia pendurada ao pescoço. Preocupadas com seus movimentos pseudamente agrecivos. Porque a agrecividade só importa no seu corpo e no seu meio bestial. Se esquecendo de suas próprias idéias, sendo que exatamente ai que se devia morar a agrecividade e não somente gritar palavras vazias de idéias vazias.
Mas mesmo a tanta boçalidade é sempre bom sentir aquela energia que vem encontro ao meu rostou, como um vento ao final de uma tarde fria de inverno ou como aquelas tardes remotas ensolaradas que aquecem a alma.
Como diz uma musica do Nunca Inverno:

"Talvez não tenha mesmo sentido (para você).
Mas nós estamos juntos. Cantando sobre nossos próprios defeitos.
E só nós sabemos que não seremos os mesmos quando voltarmos.
Basta voltar um pouco no tempo.
As amizades que fizemos. As coisas que aprendemos.
Talvez estes sejam bons motivos."

Sei que essa musica não diz exatamente o que tento expressar, mas na essência dá na mesma. A essência é sempre a mesma. A energia é sempre a mesma.
As amizades que se fortalecem. As experiencias que se aprendem e ainda por cima são relembradas. Isso torna cada vez mais especial e dá ainda mais força pra continuar.
Sem se preocupar com bestialidades, sem se preocupar com falso ego. Somente pensando em se organizar, agir e somar. Sempre. Sempre e sempre!

domingo, junho 07, 2009

Entrevista com Levante no zine Jaya Dharma


"Nesta primeira edição o Jaya Dharma inaugura a coluna Musica e Devoção com grande satisfação de entrevistar a banda Levante. Uma banda que leva o amor de Krshna, os ensinamentos de Srila Prabhupada e mensagens positivas aos ouvintes, através de suas letras e sons feitos com a mente e o coração. Saiba um pouco mais sobre a banda, cuja apresentação poderemos conferir na 2º edição do Good Day, Festival intependente de Taubaté.



J.D.Z - Jaya prabhu's. Pra começar conte-nos um pouco da história da banda, como surgiu a banda, formações, o porquê do nome...?

- Levante - a banda se formou em maio de 2007, a estrutura da banda pro começo, se deu após o fim de duas bandas que tínhamos aqui em nossa região, uma delas o No socks core, onde já tinha a idéia mais devocional, entretanto não foi possível, por questões de tempo e circunstância, e o stupid corporation, que sinceramente, até hoje acredito ter sido uma grande perca pra cena. As duas bandas acabaram ao mesmo tempo, e desde então resolvemos montar algo novo, uma proposta nova, algo que nos ajuda-se e também pudesse ser de ajuda as demais pessoas. Neste ínterim, eu comecei a estudar filosofia de Krsna um pouco mais afundo, e escrever temas relacionados à filosofia de Krsna, a banda passou por algumas mudanças na formação, o Henrique que estava conosco sempre, decidiu parar pra se dedicar aos estudos, e o Eudes teve que sair por motivos familiares. Assim eu passei pra guitarra e o Misael que também tocava no Stupid, entrou e assim somamos mais um Bhakta na banda, com a saída do Eudes, entrou o Hugo, nos conhecemos no templo de São Paulo. Estas mudanças de certa forma foram propícias para as mudanças que acreditamos terem sido transcendentais em nossas perspectivas como banda, e como pessoas. Hoje a banda conta com uma formação totalmente consciente de Krsna, seja de forma direta ou indireta, todos os integrantes tem uma relação com Krsna. O nome levante, surgiu quando fomos visitar o estúdio pra gravação de algumas músicas que eram pra sair no CD do no socks core, dentre elas Mayã e Gunas, que saíram na demo. Estávamos pensando como tudo parece estar sendo levado por zumbis, de como as pessoas se relacionam hoje em dia, e como estas questões precisam ser revistas. Um levante em nossas atitudes, é o necessário, seria como acordar, e rechaçar, tudo o que nos oprime.


J.D.Z - Qual é a ligação do Levante com o Movimento Hare Krishna?

L - nossa relação com o movimento Hare Krsna, estava em nosso inconsciente há algum tempo, assim creio, sempre fomos curiosos por filosofia oriental, o misael sempre leu muita coisa, sobre, China, Japão, Índia. Eu sempre gostei do budismo tibetano, e posteriormente conheci esta filosofia, e os demais integrantes, sempre foram apaixonados por shelter, e respeitavam muito o movimento. Quando montamos a banda, a cada show esta filosofia foi nos consumindo e nos enredando para cada vez querer saber mais. Hoje dois anos depois, vimos o quanto amadurecemos, e a importância que esta filosofia tão rica, pode ter para as pessoas, em geral, seja por hábitos alimentares ou até mesmo por outras peculiaridades a filosofia de Krsna é sempre muito atrativa. Hoje, em nossos shows, vendemos livros, mantemos relação com os devotos, e abordamos estes temas em nossas letras, creio que essas são as nossas principais relações com o movimento.


J.D.Z. - Uma vez que a banda leva tão a sério os assuntos trados nas letras e consciência, vocês acreditam na música como forma de conscientização para essa juventude do hardcore?

L - Temos fé plena na música como a música pode nos conscientizar, quando você está dormindo, por exemplo, você só acorda através da audição certo? Quando você está disposto a mudar, a música propicia muito isso. Nós mesmos, através da música, conhecemos o vegetarianismo, alguns de nós conhecemos e nos tornamos straight edges, e posteriormente consciência de Krsna. Isso pra num falar nas temáticas sociais que estão dentro do hardcore a décadas. Senhor Caitanya Mahaprabhu, sempre disse,levai os santos nomes de Deus a todas as cidades e vilarejos do mundo. Façamos disso a nossa missão.


J.D.Z. - Qual é a maior preocupação que a banda tem na hora de compor as músicas?

L - Acho que bandas com temáticas religiosas, são de certas formas discriminadas, boa parte delas por serem muito radicais, sempre tentamos expor as questões e propor uma dialética entre quem toca e quem escuta. Não simplesmente impor verdades, se sim ajudar as pessoas, hoje podemos ver que boa parte do mundo está frustrada, mesmo em países ricos, altíssimos índices de suicídio. Por quê? As pessoas não se conhecem, não se entendem não se amam. E isso é o que tentamos por nas letras, amar, respeitar, viver intensamente, e colaborar para o amadurecimento de todas as entidades vivas.


J.D.Z. - Pode-se notar uma grande diferença entre a primeira demo e o novo single, quais os principais pontos que, em sua opinião, mudou entre o Bondade, Paixão e Ignorância e War on Illusion?

L - acho que depois das duas mudanças na formação, a banda ficou mais agressiva. E mais madura também. Aquelas músicas da demo como eu havia falado, são músicas antigas, e War on illusion, já é da safra nova, estamos ouvindo muita coisa, e isso também ajuda muito,acho que para o CD, muitas coisas ainda vão ser aprimoradas, e espero que seja do agrado de todos.



Levante ao vivo em Taubaté



J.D.Z. - O que vocês acham da cena hardcore atualmente (pontos positivos e negativos)? E como vêem a introdução da filosofia védica por meio da banda no cenário?

L - a cena está enorme, muitas ramificações, muitas discordâncias, entretanto sinto que as coisas estão fluindo, o Brasil tem uma das cenas mais apaixonadas em minha opinião, aqui nego faz faculdade trabalha, e tem duas bandas. Um exemplo disso lá fora, as bandas acaba quando os caras decidem estudar! Aqui num rola essas coisas, todos vivem as coisas realmente, o maior índice de veganos-hardcore estão aqui, Isto é de ser apreciado. Os pontos negativos, hoje as coisas no Brasil, ainda são chegadas de forma distorcidas aqui, e isso gera muitas confusões, e enchem os subgrupos de dúvidas, e discussões que não levam a nada. A filosofia védica, e o hardcore, estão juntas desde 1988, com o youth of today, graças a essa filosofia, boicotamos o assassinato de animais, e lutamos por esta causa. E acredito que muitos outros tópicos desta filosofia, podem ajudar ainda mais esta juventude positiva.


J.D.Z. - Quais são os planos para o futuro?

L - vamos fazer alguns shows, até julho, agendar uma breve viagem ao sul do país, e voltar com o gás todo pra começar a gravar o disco, depois te terminado o disco, voltar a fazer shows, e pregar a mensagem de Srila Prabhupada, levar o cantar dos santos nomes, a todos os lugares possíveis.


J.D.Z. - Obrigado pela entrevista, que Krishna despeje um pingo de Sua misericórdia em suas almas para tudo ir bem com Levante. Fica aqui um espaço para dizerem algo para todos os leitores. L - por favor, não pedimos para que vocês abandonem suas crenças, que virem monges, ou coisas do gênero, pedimos apenas, que cantem HARE KRSNA, e que poupem os animais de tanta desgraça e brutalidade, no mais sempre sejam sinceros e inquiram sobre sua verdadeira realidade."

links: http://www.myspace.com/levantehardcore


Para quem quiser receber esse zine impresso no conforto de suas belas casas, mandem um e-mail para xvan.cleitonx@gmail.com, contendo o endereço e todas as informações corretas. O envio é inteiramente grátis. Aproveite!

sábado, junho 06, 2009

A busca pela consciência nos leva pra portos antes nunca habitados. Ou até mesmo já estivemos por lá, mas nossa mente mundana nunca nos deixa enchergar nada além do que essa realidade de ilusão. Mas o conhecimento dessa consciência tem um poder sem tamanho. Um poder de felicidade que somente sob essa luz consegue produzir. Assim como o Sol que irradia o calor e a energia, essa luz é a fonte de toda felicidade e auto-realização.
A cada passo dado, em rumo a plenitude da conscinência, mais se quer caminhar com um destino, um norte que nos guia e orienta.
E com um pé frente a outro, um pé de cada vez, vou trilhando meu caminho de conhecimento e aprimoramento. Com cada vez mais sede de amar, doar, me libertar. Com cada vez mais folego para gritar aos quatro ventos todas as experiências de plenitude e auspiciosidade.
E a cada passo, a cada porto ancorado, a cada realização, eu volto com todas as forças.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Dias feios e bonitos


"O cenário é sempre o mesmo, mas a edição das imagens é completamente diferente. Passo quase todo dia por um dos muitos lugares feios de São Paulo, o "Minhocão", um complexo de viadutos que passa pelo centro da cidade. O apelido é engrçadinho e homenageia nosso interminável senso de humor. O nome oficial, Elevado Costa e Silva, homenageia o marechal que assumiu a presidência do Brasil em 1967 e promulgou o AI-5, decreto que fechou o Congresso Nacional por prazo indefinido, determinou a censura prévia à música, ao teatro e ao cinema e proibiu "atividades ou manifestações sobre assunto de natureza política".

Esse contraste entre nome e apelido tem tudo a ver com meu ânimo quando passo por ele - às leve e entusiasmado, às vezes vazio e derrotista. O mesmo caminho, o mesmo destino, sentimentos tão diferentes. Em alguns dias, as janelas com plantas e enfeites, uma pessoa tomando sol na varanda ou um grafitte são capazes de me fazer sorrir. Aprecio os detalhes das fachadas mais antigas, as árvores que já espiam por cima das pistas, um gato preguiçoso. Pequenos recortes de humanidade, que eu gostaria de guardar, colecionar, compartilhar.

Em outros, não há o que seja capaz de me animar. Só vejo os defeitos do mundo. O próprio Elevado, a sombra que ele provoca debaixo de si, a umidade infiltrada no concreto. A agressividade dos motoristas. O ponto viciado de despejo de entulho. A pobreza tão presente.

É incrivel perceber que o cenário é sempre o mesmo, sou eu que mudo. É como se o diretor de imagem do meu Truman Show particular selecionasse ângulos, enquadramento, iluminação e trilhas sonoras diferentes a cada dia, produzindo sensações opostas a cada trecho do filme.

Hoje estou em mais um dia de Marechal que de minhocão. Achando tudo feio, triste, sem saída. Reparando muito mais na maledicência que nos espíritos desarmados, generosos; mais nos inimigos que nas demonstrações de apoio e amizade. Não sei o que fazer. Voltar para casa e enterrar a cabeça no travesseiro está fora de cogitação. Ao trabalho, então.

Escutei músicas tristes no computador. Escrevi para uma amiga. Arrumei a mesa. Tomei providências simples. Comecei escrever projetos para o ano-novo. Trabalhei em camera lenta, respeitando minha falta de energia. Continuo triste, com vontade de largar tudo, de mudar completamente minha vida. Vontade convincente, mas me conheço bem para saber que é mentira. É só o humor do dia.

Não sei se será hoje ainda, amanhã ou depois, sei que vai passar. Aquelasamambaia brotando da parede vai chamar mais a minha atenção que a manhcha de umidade no concreto, a gentileza será mais marcante que a ríspidez e eu terei disposição para lidar com as coisas boas e ruins dessa vida - que estão ai todos os dias."

- Soninha Francine.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Barco de Ilusões


Durante muito tempo naveguei pelos mares da vida, num barco de ilusões.
Um barco sem remos nem proa, à deriva, com a única finalidade de fugir das tempestades de tédio e calmarias de ansiedades.
E, por navegar à deriva, foram tantas as vezes que cheguei despedaçado em ilhotas perdidas nos oceanos da vida real.
E, aí, as náuseas e enjôos que eu não sentia no barco imaginário agora eram insuportáveis, e não me restava outra alternativa que não fosse o barco de ilusões.
Os naufrágios se seguiam sucessivamente, ora causados por icebergs de tristezas, ora pela insanidade de um marinheiro perdido num mar de angústias, ora pela fragilidade da embarcação, construída em fantasias.
A cada viagem, um naufrágio, e a cada naufrágio, mesmo despedaçado, uma nova viagem. Sem rotas estabelecidas, sem ao menos uma estrela para me guiar, "porque viajar era preciso, viver sem viajar não precisava".
Quantos tripulantes sucumbiram, outros tantos obrigados a embarcar em um navio cheio de grades rumo ao porto chamado liberdade.
A cada dia este marujo se tornava mais marcado, as viagens agora compulsivas, e as paisagens, já não mais coloridas, e sim cinza-fúnebre.
E à deriva só restava aguardar o naufrágio final que redimiria, visto que as águas-vivas haviam queimado e feito arder minha alma a tal ponto, que não via mais saída, pois as marcas eram profundas, e as seqüelas visíveis.
Até que num novo choque com alguma embarcação que encalha os encalhados, quando estava prestes a me atirar, eis que no horizonte me surge uma luz. No início um tanto opaca, mas seu brilho foi aumentando, aumentando, e iluminou meu coração.
Era a luz de Deus. Do Deus dos desgraçados, dos marinheiros desgarrados, dos náufragos despedaçados.
Essa luz tão intensa hoje é a luz que me guia, não nos mares revoltos dos pesadelos, mas sim em terra firme. Troquei o barco de ilusões por um de dignidade, construído não de fantasias, mas sim de amor a Deus, a mim e a todos os navegantes.

segunda-feira, outubro 27, 2008

... Falo da vida como um parque de diversões de quarta categoria, como os da minha infância, entre as poças, os caminhões e toldos de ciganos; com os pés úmidos de um solo sempre pantanoso, com cores fortes, prêmios de plástico barato, pôneis tristes, um "trem fantasma" que não assusta pois filtra a luz e, na terceira volta, vejo os mecanismos rotos que dão vida aos bonecos deste labirinto onde até o horros está empobrecido.

domingo, outubro 19, 2008

Eu sonho com um mundo onde bandeiras são nada mais que pano e nosso único assuntos é o amor, a vida e a liberdade.
Onde a linha de fundo não determine vida e nós não fiquemos definidos através de parêntese de renda, uma bonita casa, fé, uma falta disso ou um grau de escolaridade. Onde nós pensamos antes de agir e agimos antes de nos críticar.
Onde arrependido é uma palavra liberada e lhe agradecer vem do coração e onde nós há pouco não assistimos, mas nós decidimos agir.

Onde nós recusamos só viver até que chegue seu tempo para morrer.
Onde nós recusamos só viver até que chegue seu tempo para morrer.

Onde sentimentos e desejos signifiquem mais que cotas, expectativas e desapontamento de olhares acusadores.
Onde nós temos um direito a dor, ao grito, AO GRITO, a viver, a morrer... e só porque sentamos em silêncio, podem nos foder.

Eu sonho com um mundo onde eu posso o amar, apesar do que nos mantém separadamente é onde o segundo é tão bom quanto o primeiro ou um milionésimo.
Onde nós não fazemos analises em cima de todo respirar ou o que nossas palavras significam a outro.
Onde nós achamos conforto em silêncio e um lugar de paz em todo o barulho, e onde tudo o que é lançado a nós nos faz mais forte e mais apreciativo, nos faz melhor.

ONDE NÓS CELEBRAMOS A VIDA, A MORTE E TUDO AQUILO QUE VEM ENTRE.

Onde canções que cantam a nós, é as palavras que nos une, nos faça dançar amavelmente.
Onde o que nós vemos em um espelho é um ser feliz, satisfeito e que cumpriu sua meta.
Onde nos sentimos ruim, aproximadamente por como nós olhamos para os outros e não só porque como os outros olham para nós.

Eu sonho com um mundo onde eu possa o amar, onde eu possa o sentir e onde eu possa o conhecer sem ter que o possuir, sem ter que o odiar ou sem ter que foder você.
Um mundo onde eu possa o amar, onde eu possa o sentir, onde eu possa o conhecer.
O conheça sem ter que o possuir, sem ter que o odiar, sem ter que foder você.

Sem ter que foder você de mais modos que um.
Sem ter que o possuir, sem ter que o odiar, sem ter que foder você de mais modos que um.

Onde um sorriso não é um presente raro e onde tristeza não é uma maldição.
Onde a mídia não defina amigo ou inimigo. Não me ensinem como olhar, como sentir, como agir e como viver.

Onde uma flor, um sorriso, um pensamento, um toque, um cheiro faça dar valor para tudo isto.
Nas palavras mais duras, estão nada mais, que a poesia que derrama de nossa boca.

domingo, setembro 14, 2008

Hoje eu descobri que a vida é uma espécie de ciclo.
Tudo tem um começo, um período e uma continuação que é o começo de um novo ciclo.
Descobri que o meu ciclo sempre começa no outono.
Ao cair da primeira folha seca, cai em meus braços a mais bela jóia.
Com toda a sua bagagem de vida, se torna ainda mais preciosa.
Terminado de cair a ultima folha seca me encontro coberto por seu brilho, como o chão todo enferrujado.
O sopro gelado de inverno conserva o valor.
Meu congelamento físico alimenta a beleza da jóia.
A jóia se alimenta da bondade de minha alma.
Onde tudo se encontra friu e morto, somente a bondade alimenta a alma.
Onde bondade supri, a alma se torna inerente a bondade.

Chega a primavera, chega o período, chega a beleza das flores.
Mas como uma Sakura que no seu florecer, no seu auje, se desprende de seu galho,
indo a encontro com o mesmo chão que ontem estava enferrujado.
Que por sua vez se encontra ríspido e reconfortante.
Como todo início, o período não deixa de ser verdadeiro
assim como sua continuação e iniciação do proximo ciclo.
Como todo início, o período nunca nos passa nada do que nos aguarda.
O mistério e a incerteza são nossas companheiras inseparáveis.
A fragilidade e a confiança andam de mãos dadas.

E como todo ciclo, eu vou criando antecorpos.

quinta-feira, setembro 04, 2008