domingo, setembro 14, 2008

Hoje eu descobri que a vida é uma espécie de ciclo.
Tudo tem um começo, um período e uma continuação que é o começo de um novo ciclo.
Descobri que o meu ciclo sempre começa no outono.
Ao cair da primeira folha seca, cai em meus braços a mais bela jóia.
Com toda a sua bagagem de vida, se torna ainda mais preciosa.
Terminado de cair a ultima folha seca me encontro coberto por seu brilho, como o chão todo enferrujado.
O sopro gelado de inverno conserva o valor.
Meu congelamento físico alimenta a beleza da jóia.
A jóia se alimenta da bondade de minha alma.
Onde tudo se encontra friu e morto, somente a bondade alimenta a alma.
Onde bondade supri, a alma se torna inerente a bondade.

Chega a primavera, chega o período, chega a beleza das flores.
Mas como uma Sakura que no seu florecer, no seu auje, se desprende de seu galho,
indo a encontro com o mesmo chão que ontem estava enferrujado.
Que por sua vez se encontra ríspido e reconfortante.
Como todo início, o período não deixa de ser verdadeiro
assim como sua continuação e iniciação do proximo ciclo.
Como todo início, o período nunca nos passa nada do que nos aguarda.
O mistério e a incerteza são nossas companheiras inseparáveis.
A fragilidade e a confiança andam de mãos dadas.

E como todo ciclo, eu vou criando antecorpos.

2 comentários:

  1. Imagino que meu ciclo se renove a cada dia. Mas não inteiramente. Na primavera há uns galhos que continuam presos, firmes.

    Sempre feliz, é como eu quero te ver (:

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